Despejo irregular de agrotóxicos causou morte de peixes no Rio Piquiri
Após a mortandade de mais de 50 toneladas de peixes no Rio Piquiri, que corta as cidades de Altamira do Paraná, Campina da Lagoa, Goioerê, Quarto Centenário, e Ubiratã, na Comcam, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), chegou a conclusão, por meio de análises da água, que a situação foi causada pelo despejo irregular de agrotóxicos.
Os peixes foram encontrados mortos em fevereiro deste ano. O caso aconteceu próximo do encontro dos rios Cantu e Piquiri. De acordo com nota divulgada pelo Instituto à imprensa, após as análises da água e exames toxicológicos, técnicos chegaram à conclusão que a mortandade "foi um caso isolado e não contínuo".
Conforme o IAP, não há novos indícios de poluição e contaminação de águas e peixes. O Instituto continua monitorando a qualidade da água. Segundo o IAP, os rios já se encontram em estado normal. No último sábado (27), a pesca comercial e amadora na bacia do Rio Piquiri foi liberada pelo IAP. A atividade estava proibida desde 20 de fevereiro, exceto a pesca científica.
A portaria que liberou a pesca também regulamentou a atividade no Rio Piquiri. Os pescadores só podem utilizar linha de mão, vara de pesca simples, com molinete ou carretilha. Quem for pescar poderá utilizar isca natural ou artificial com ou sem anzol, nas modalidades arremesso e corrico. O IAP também estabeleceu cota máxima de 10 quilos, por pescador. Quem não cumprir com as normas poderá ser penalizado. As multas vão R$ 700 a R$ 100 mil, além da apreensão do material de pesca.
O Rio Piquiri nasce na Serra de São João, entre Turvo e Guarapuava. A extensão é de cerca de 660 quilômetros, passando por mais de 30 municípios. O Piquiri deságua no Rio Paraná, entre Altônia e Terra Roxa, na região noroeste.
Fonte: Tribuna do Interior