Homem de 51 anos é a primeira vítima fatal de meningite em Umuarama
Embora ainda não haja confirmação oficial da Secretaria Municipal de Saúde, George Greschechen, 51, é a primeira vítima fatal de meningite no ano em Umuarama. O diagnóstico foi confirmado por familiares nas redes sociais.
O quadro teria sido detectado há pouco mais de duas semanas e Greschechen faleceu na sexta-feira. O sepultamento ocorreu no sábado (30)
Até então, segundo boletim da Secretaria Municipal de Saúde, Umuarama contava com quatro casos confirmados de meningite – três causados por bactérias e um por vírus. Outros seis casos suspeitos aguardam resultados de exames e outras 12 suspeitas foram descartadas – do total de 22 notificações registradas desde janeiro.
Como se trata de doença de notificação compulsória, todos as suspeitas são registradas e acompanhadas pela divisão de Vigilância em Saúde, por meio da Epidemiologia, da Secretaria Municipal de Saúde.
A notificação é feita quando o paciente procura a unidade de saúde apresentando os principais sintomas da doença – como febre, dore de cabeça (cefaleia), vômito e convulsões, entre outros. “Havendo a suspeita, é coletado uma amostra de liquor do paciente e enviada para exame em laboratório local, que apontará a presença de bactéria ou vírus ou descartar a suspeita”, explica o chefe da Vigilância em Saúde, Fábio Barzon.
Caso o exame aponte a existência de alguma bactéria ou vírus, o material coletado é enviado para o Laboratório Central do Estado (Lacen), em Curitiba. Com a confirmação, a vigilância realiza ações de bloqueio para interromper o contágio entre pessoas próximas do paciente. Os familiares são orientados sobre os cuidados necessários e também recebem medicação. As pessoas que têm contato com o paciente ficam em observação por quatro dias – que é o período de incubação.
Embora possa atingir adultos, o maior grupo de risco para a meningite envolve crianças de 0 a 5 anos. Por isso, Barzon alerta sobre a importância da vacinação. “É uma doença grave, que pode deixar sequelas para a vida toda. A vacina está disponível na rede pública, gratuitamente. Os pais precisam ficar atentos e vacinar os filhos nas épocas indicadas, mantendo a carteira de vacinação em dia”, recomendou.
Até o último balanço da secretaria, eram dois casos de crianças menores de um ano, um de adulto (entre 30 a 40 anos) e outro de pessoa idosa (com mais de 60 anos).
Orientações
A população deve ter conhecimento sobre os sinais e sintomas da doença e a disponibilidade de medidas de controle e prevenção, tais como quimioprofilaxia e vacinas, sendo alertada para a procura imediata do serviço de saúde frente a suspeita da doença.
Os sintomas mais comuns são: febre alta repentina, forte dor de cabeça, pescoço rígido, vômitos, náusea, confusão mental e dificuldade de concentração, convulsões, sonolência, fotossensibilidade, falta de apetite, rachaduras e presença de manchas vermelhas na pele.
Como prevenir
Seguir algumas medidas básicas de higiene – como lavar sempre as mãos, cobrir a boca ao tossir ou respirar e não compartilhar itens de uso pessoal com outras pessoas – ajuda a prevenir a doença. A meningite é uma síndrome que pode ser causada por diferentes agentes infecciosos. Para alguns existem medidas de prevenção primária, tais como vacinas e quimioprofilaxia. Outras formas de prevenção incluem evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados e limpos.
Vacinas
Estão disponíveis para prevenção das principais causas de meningite bacteriana. As vacinas disponíveis no calendário de vacinação da criança do Programa Nacional de Imunização são:
a) Vacina meningocócica conjugada sorogrupo C: protege contra a Doença Meningocócica causada pelo sorogrupo C;
b) Vacina pneumocócica 10-valente (conjugada): protege contra as doenças invasivas causadas pelo Estreptococos pneumoniae, incluindo meningite.
c) Pentavalente: protege contra as doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo b, como meningite, e também contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B.
d) Vacina BCG: protege contra as formas graves da tuberculose e nos casos de meningite.
Já a quimioprofilaxia está indicada para contatos de casos de doença meningocócica e meningite por Haemophilus influenzae.
Fonte: OBemdito